sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Faixa Desconhecida 4 - 28/10


Como todos sabem, a quarta edição do Rock in Rio, tirando uns shows aqui e ali, foi uma bosta. Desta forma, sobrou apenas um evento pra manter a honra das quartas edições de eventos musicais brasileiros desse ano.
E ele se aproxima.Dia 28, no Galpão, Faixa Desconhecida 4!

Com o retorno dos enfants terribles da Comunicação Social, Leon Sanguiné e Robert Snows, a estreia do cara mais legal da cidade, Pablo Aquarius e o DJ convidado João Grigoletto, da Fubazada.

No cardápio, aquela salada que você conhece, você confia: indie rock, roque pauleira, electro, um sambinha e o que mais essa gente tiver a pachorra de (des)conhecer. Mais informações em breve na nossa programação. E sem o Beto Lee!

-Antecipados a R$ 7 no Zero Grau (Gonçalves Chaves, 360) e no Gato Gordo (Benjamin Constant, 1290).

domingo, 23 de outubro de 2011

Jards Macalé - Aprender a Nadar

Aprender a nadar, segundo disco de Jards, foi sua tentativa de arranhar as paradas de sucesso. Foi algo que ele até conseguiu e que lhe valeu alguma - boa - mídia, mas não o suficiente para livrá-lo da pecha de "maldito", de anti-comercial. Apesar da pouca vendagem do primeiro disco, a Philips decidiu manter o contrato do cantor, que aproveitou para gravar um álbum bem menos "econômico", com arranjos mais elaborados - ao contrário do primeiro, no qual se restringia a um grupo básico Em Aprender a nadar, aparecem músicos de estúdio como Wagner Tiso (arranjos, piano), Robertinho Silva (bateria), Rubão Sabino (baixo) e Ion Muniz (flauta), além de um regional que inclui os experientes Canhoto (cavaquinho) e Dino Sete Cordas (violão).


Concebido ao lado de Waly Salomão (que usava a alcunha lisérgica de Wally Sailormoon) era um disco conceitual, com faixas que tratavam de uma certa "linha de morbeza romântica" - morbeza, um neologismo inventado por Waly, era uma mistura de morbidez e beleza, que ele definia como "uma idéia para identificar uma linha de ação, como uma estratégia da qual depois se larga e se busca outra". Tal idéia esteve por trás de pelo menos quatro faixas do disco, "O Faquir da Dor", "Rua Real Grandeza", "Anjo Exterminado" (gravada numa versão mais radiofônica por Maria Bethânia no disco Drama) e "Dona do Castelo", como uma retomada, sob um viés tropicalizado, da antiga dor-de-cotovelo. Músicas antigas do estilo - ou aproximadas a ele - eram revisitadas em algumas regravações, como "Imagens", de Orestes Barbosa (quase uma pré-psicodelia, em versos estranhos como "a lua é gema do ovo/no copo azul lá do céu.../o beijo é fósforo aceso/na palha seca do amor"). O maior sucesso do LP, no entanto, foi a regravação do clássico "Mambo da Cantareira", antigo sucesso de Gordurinha - que serviu de pretexto para Macalé alugar uma barca da travessia Rio-Niterói e pular na baía de Guanabara ao som da música, na festa de lançamento do álbum. "Orora analfabeta", outro grande sucesso de Gordurinha, cuja letra sacaneava a ignorância das elites, também estava no LP, e também fez sucesso (os versos iniciais são inesquecíveis: "Conheci uma dona boa lá em Cascadura...").


O lado experimental do disco ficava por conta de estranhas vinhetas, como as cinematográficas "Jards Anet da Vida", "No meio do mato" e "O faquir da dor", além da interface música-artes plásticas-cinema, que encontrava seu desvelo na arte da capa e do encarte (com fotogramas de Kakodddevrydo, filme de Luís Carlos Lacerda) e na dedicatória a Lygia Clark e Hélio Oiticica. Numa época em que o barato era freqüentar Ipanema, Jards homenageava um dos pedaços mais suburbanos da zona sul carioca ("Rua Real Grandeza", finalizada com uma engraçada vinheta baseada em "Pam-Pam-Pam", de Paulo da Portela, na qual Wally "tocava" chaves e porta). O disco ainda apresentava o poeta underground Ricardo Chacal, lendária figura da vida cultural carioca - até hoje, aliás - ao mundo da música, como letrista de "Boneca semiótica", composta com Macalé, Duda e o multi-homem baiano Rogério Duarte.


Fonte: Freakium!


Aprender a Nadar

Jards Macalé

1974










sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mixtape “Sentidos e Percepções”


Não só por puxar brasa pra minha sardinha, por ter feito a capa, por ser amigo desses caras, mas sim e também, por acreditar no potencial e talento desses músicos da "nova escola" do rap gaúcho e nacional que deixo aqui no Faixa a mixtape Sentidos e Percepções, recém saída do forno. Essa mix tem como diferencial a parceria de um beatmaker e um dj, compondo músicas instrumentais de altissíma qualidade nos melhores moldes da Stones Throw e da cena "alternativa experimental" de Los Angeles. Segue o release do album, escrito por Lucas Goulart Silveira:

"Nova produção de Pedro Dom traz a participação do DJ Djalma Gautama

“Álbuns instrumentais de rap não são comuns no mercado nacional. Os Mcs geralmente ganham mais espaço que os beatmakers, mas as rimas nesse EP são totalmente desnecessárias. Apesar do estigma de que álbuns instrumentais são "difíceis" de escutar, esse rótulo não se aplica nesse caso. As cinco faixas do EP viajam pelos sentidos humanos, cada uma com um clima único, é difícil destacar apenas uma faixa, já que o nível de todas é acima da média.

Um dos melhores momentos do disco vai para a faixa Tato, com um beat mais "orgânico" e um clima jazzístico, é um som perfeito para embalar uma sessão de skate no fim de tarde ou aquele momento de chill out.Com uma produção de "nível gringo", as faixas apresentam influências de jazz e bossa nova, com camadas bem construídas, samples e timbres finamente escolhidos.

O disco é uma ótima pedida pra quem gosta dessa nova cena "alternativa experimental" de Los Angeles.

É seguro afirmar que Sentidos e Percepções não faria feio no catálogo da Brainfeeder ou da Stones Throw”.

DOWNLOAD

via: Naipe Skate

domingo, 2 de outubro de 2011

The Silent Comedy - Common Faults


Em meados de 1996 os irmãos Jeremiah e Joshua Zimmerman foram levados pelo pai que vendeu todos os pertences de onde moravam e partiram para uma viagem pelo mundo. Os jovens aspirantes à música folk, aplicaram a experiência adquirida de passar por quase todos os continentes em um projeto musical iniciado dez anos depois chamado "The Silent Comedy". O grupo lançou seu primeiro LP em 2010 que levou a banda a fazer turnês junto a grandes nomes como Edward Shape and The Magnetic Zeros, Cold War Kids, MGMT, Flogging Molly e The Black Keys.
O estilo da banda é folk com algumas letras que possuem teor religioso, mas sem deixar a qualidade sonora de lado para priorizar a mensagem como costuma a ser visto quando se mistura música com religião. As canções que mais se destacam de Common Faults são a naturalmente antológica Bartholomew, que narra sobre o apóstolo São Bartolomeu e balada All Saints Day onde um homem questiona Deus sobre seu sofrimento. A banda lembra bastante The Black Keys em algumas faixas, porém faz mais uso de cordas e piano. É um som bem feito e uma agradável surpresa para fãs de música folk.

Common Faults


01 - Foreward
02 - '49
03 - Poison
04 - The Well
06 - Tighrope
07 - Moonshine
08 - Gasoline
09 - Exploitation
11 - Footnotes