João Ribamar Coelho Santos nasceu em 1966, em São Luís – MA abençoado com o dom de criar letras pensantes principalmente sobre a mídia. Começou compondo para peças teatrais infantis e foi aí que suas letras chamaram a atenção.
O nome “Zeca Baleiro” surgiu ainda na faculade, tornou-se um grande apreciador de balas e entre uma aula e outra comi-as, o que gerou o apelido dado pelos colegas: “Baleiro”. O “Zeca” veio depois, já na carreira artística.
O som dele varia entre a MPB, o Samba e o Rock, sempre um prevalecendo em determinado álbum. Além de composições próprias, Zeca sempre gostou de ter em seus discos músicas de outros artistas, como Disritmia, do Martinho da Vila e Proibida pra Mim, do Charlie Brown Jr, além de “Flor da Pele”, de Gal Costa. Vou postar aqui os três primeiros álbuns dele, porque os sucessores nunca conseguiram ultrapassá-los.
Por Onde Andará Stephen Fry? (1997)
Esse é o álbum de estréia. Mais puxado para a MPB, além de passar até mesmo pelo Reggae. Recebeu Disco de Ouro, principalmente pelo grande sucesso que a versão de “Flor da Pele”, vendendo 70.000 cópias. As letras, como sempre roubando a cena, se revezam entre a seriedade de “Flor da Pele”, da faixa-título e de “Bandeira” a ironia de “Kid Vinil” e o sarcasmo de “Salão de Beleza”. Vale a pena lembrar também de “Heavy Metal do Senhor”, com letra criativa e guitarras muito bem executadas.
Vô Imbolá (1999)
Como poucas vezes ocorrido na história da música brasileira, Zeca Baleiro consegue vencer a “síndrome do segundo disco” e “Vô Imbolá” supera seu antecessor, seja na crítica quando no público. O nome vem do ritmo nordestino “embolada”, pouco conhecido no Brasil de hoje em dia. A versão de outros artistas ficou por conta de Disritmia, do Martinho da Vila. Nela, Zeca acrescentou o tango ao famoso samba, além de mais dramaticidade. “Vô Imbolá” mistura perfeitamente o Samba com ritmos nordestinos pouco difundidos no próprio Brasil. Vale a pena lembrar também a participação de Zeca Pagodinho, em “Samba do Approach”.
Líricas (2000)
Como o próprio nome sugere, Líricas, surpreendendo a todos, se diferencia bastante dos dois primeiros trabalhos por apresentar uma levada mais dramática, com letras sobre sentimentos como o amor e a saudade. Zeca mistura perfeitamente esses sentimentos com elementos do cotidiano, como o metrô, coleções de inverno e lojas de conveniências. Mas nem por isso “Líricas” ficou atrás de seus antecessores. Recebeu também disco de ouro (o último em trabalhos solos) e foi igualmente bem-recebido na crítica. Proibida pra Mim”, do Charlie Brown Jr, recebeu versão folk com uma levada melancólica, se tornando um dos destaques do disco.
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